Mulheres na indústria
No mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, há avanços, mas mulheres ainda enfrentam desafios

As mulheres respondem por um quarto da força de trabalho na indústria nacional, segundo dados do Observatório Nacional da Indústria, da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Entre 2008 e 2021, houve um aumento da participação das mulheres em cargos de gestão, de 24% para 31,8%.
Apesar de o índice ser inferior aos demais setores da economia, nos quais as mulheres respondem por quase metade (46,7%) das funções de liderança, na indústria o crescimento foi três vezes maior nesse período: avançou 32,5% contra 9,8% nos demais setores.
Os números mostram que, apesar de ainda enfrentarem desafios, as mulheres estão cada vez mais ocupando lugares de destaque no setor. E o resultado pode ser consequência das políticas de promoção de igualdade de gênero e dos debates nas indústrias sobre o tema. De acordo com a pesquisa da CNI, de cada 10 indústrias brasileiras, seis contam com programas ou políticas de promoção de igualdade de gênero.
Na Todeschini, o assunto é levado a sério e entre as metas e princípios estão as pessoas como fonte de inspiração e sucesso buscando que sejam respeitadas, valorizadas e comprometidas.
Desafios
Apesar dos avanços, ainda há desafios e não só no Brasil, mas em nível mundial. O documento “Novos dados esclarecem as diferenças de gênero no mercado de trabalho”, da OIT (Organização Internacional do Trabalho), indica que 15% das mulheres em idade produtiva em todo o mundo gostariam de trabalhar, mas não têm emprego, em comparação com 10,5% dos homens.
Em termos de igualdade jurídica, o relatório “Mulheres, Empresas e o Direito”, do Banco Mundial, mostra que atualmente apenas 14 países têm leis que dão às mulheres os mesmos direitos que os homens. Todos são países de alta renda.
No Brasil, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a diferença de salários entre homens e mulheres ainda chega a 22%. São dados do fim do ano passado que mostram que a paridade salarial entre os gêneros ainda está distante.
A conclusão é que há avanços e as mulheres estão se destacando cada vez mais nos cargos ocupados, mas ainda são necessários ajustes para que as condições de garantia jurídica, de emprego e de salário igualitárias sejam alcançadas.
(Com informações da CNI, OIT, ONU Mulheres e IBGE)